25 out , 2008
SÁB
destaque Yami Aloelela Criações germinadas por uma encruzilhada de influências, que vão beber às mais profundas raízes de uma África mágica e de um som com pele mestiça
25 out , 2008
SÁB
Criações germinadas por uma encruzilhada de influências, que vão beber às mais profundas raízes de uma África mágica e de um som com pele mestiça

destaque

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25 out
sáb
  (Auditório 1)

Yami

Aloelela

Eis um conjunto de músicas acabadinhas de chegar do sul, transmarinas na origem e tropicalizadas na natureza. Situam-se algures entre as formas tradicionais e as inovações crioulas, desdobrando-se quer em ritmos típicos das cidades de África (semba, coladera e morna), quer nas sonoridades da diáspora africana (como funk, reggae e rumba).

Alastrado pelo batuque do coração, o canto mistura vocábulos em kimbundu (língua tradicional angolana), em acento e ritmo moreno, numa ponte musical entre idiomas e países. A boa disposição, verdadeiramente contagiante (ou não fosse a palavra “Aloelela” sinónimo da expressão “eles estão a rir”), transporta-nos numa viagem pelo ébano dos corpos dançantes, pelo aroma dos cajueiros floridos e das mangueiras em fruto, por uma espiral de som rodopiando solta pelo hemisfério da alma.



África minha – a história de um artista

Filho de um minhoto que se deixou fascinar pelo cais de Lisboa, onde os barcos partiam para África, e de uma africana nascida numa roça de café no interior de Angola, Fernando Araújo (Yami) trocou Luanda por Lisboa aos quatro anos de idade.
Porém, é o continente africano que, hoje e sempre, lhe alimenta os saberes e os sentires: “África é a minha Mãe” é, sem qualquer dúvida, a sua expressão mais fluente.
Embora não tenha regressado à sua terra natal, consegue entrevê-la pela janela de histórias e vivências contadas pela progenitora, a Senhora Maria Augusta que, em dialecto, planta nele as sementes de um paraíso nunca esquecido.



“Aloelela é, no mesmo passo, desejo e celebração, corporalidade e espiritualidade.
Em síntese, uma afro-lusofolia tão contagiante como o riso”.

Ana Gonçalves


“Eles estão a rir” é o significado do tema que dá o nome ao primeiro disco de YAMI. E que no fundo é o seu projecto de vida como músico, intérprete e compositor. Contando e sonhando as boas histórias de um país bom, sem esquecer todas as suas realidades presentes, como é óbvio, mas acima de tudo aquelas que retratam um passado que ainda voltará a ser futuro.

Helder Moutinho

Ficha técnica e artística

Yami Voz e Guitarra
Nelson Canoa Piano, Sintetizadores, Acordeão
Ciro Cruz Baixo
Tiago Santos Guitarra
Marito Marques Bateria, Percursão